O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, será submetido neste domingo a uma intervenção cirúrgica para remover a próstata após sofrer uma infecção, confirmou sua assessoria neste sábado.
Netanyahu foi ao hospital Hadassah em Jerusalém na última quarta-feira para um exame médico, onde foi diagnosticado com uma "infecção do trato urinário resultante de um aumento benigno da próstata", informou um comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro.
Desde então, o primeiro-ministro, de 75 anos, tem recebido tratamento com antibióticos que curaram a infecção.
Sua assessoria esclareceu que a reunião de gabinete de domingo será realizada conforme previsto, embora não tenha especificado se contará com a participação do primeiro-ministro.
Netanyahu já havia sido submetido a uma cirurgia em 31 de março para remover uma hérnia, para a qual precisou de anestesia geral e da qual se recuperou em poucos dias.
O primeiro-ministro israelense também passou por uma operação em julho de 2023 para implantar um marcapasso, após detectar um problema cardíaco durante um exame médico quando foi internado por sofrer um desmaio.
Assim como naquela ocasião, Netanyahu enfrenta uma conjuntura política complicada, agravada pela guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas em Gaza desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 250. As autoridades israelenses afirmam que o país mantém uma guerra em sete frentes: contra as milícias palestinas em Gaza e na Cisjordânia, o grupo xiita Hezbollah no Líbano, a Resistência Islâmica do Iraque, as milícias pró-iranianas na Síria, os rebeldes houthis no Iêmen e o próprio Irã, que acusam de estar por trás de todos eles.
Julgamento por Corrupção
Por outro lado, no último dia 10 de dezembro, Netanyahu rejeitou as acusações contra ele ao depor pela primeira vez em um julgamento por corrupção, o primeiro processo criminal no país contra um chefe de governo em exercício. O premiê tem buscado repetidamente adiar sua declaração perante o tribunal, onde enfrenta acusações de suborno, fraude e abuso de confiança pública em três casos distintos.
O líder israelense respondeu às perguntas do tribunal, que perguntou o quanto as acusações o incomodavam. "Se eu disser que é [como] uma gota no oceano, seria um exagero", respondeu. "Estou ocupado com assuntos de importância mundial", continuou.
Netanyahu afirmou no dia anterior que esperava pelo julgamento há anos, "para demolir completamente as acusações absurdas e infundadas" contra ele.
Apoiadores e detratores do primeiro-ministro se concentraram em frente ao tribunal. "Netanyahu, o povo te apoia", gritavam alguns. Outros, no entanto, entoavam "Bibi na cadeia", em referência ao seu apelido.
O julgamento começou em maio de 2020, mas foi interrompido pela guerra em Gaza. Por motivos de segurança, o julgamento foi transferido de Jerusalém para Tel Aviv.
Gazeta Brasil