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Consumo

Escândalo: Carne estragada das enchentes vendida como nobre no RJ

Operação prende quatro após descoberta de esquema milionário de venda de carne deteriorada.


Quatro pessoas foram presas no Rio de Janeiro após investigação policial revelar a venda de carne bovina estragada pelas enchentes do Rio Grande do Sul em açougues cariocas.

Segundo a Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), a empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios (RJ), comprou 800 quilos de proteína animal (bovina, suína e de aves) de um frigorífico gaúcho atingido pelas enchentes de maio de 2024. A empresa alegou usar a carne para ração animal, mas a investigação mostrou o contrário.

A Tem Di Tudo Salvados reembalou e vendeu a carne bovina como carne nobre uruguaia, lavando-a para remover vestígios de lama. Até quarta-feira (22/01/2025), picanha do mesmo lote era vendida pela empresa.

"Com o esquema, a empresa conseguiu um lucro de 1.000%." concluiu a reportagem do RJ TV.

A Decon-RJ estima que a Tem Di Tudo Salvados comprou a proteína por R$ 80 mil e a revendeu por cerca de R$ 5 milhões.

A fraude foi descoberta acidentalmente pela empresa gaúcha que vendeu a proteína inicialmente. A carne retornou ao produtor em Canoas (RS), após passar por uma empresa mineira e um frigorífico de Nova Iguaçu (RJ), que a adquiriram da Tem Di Tudo Salvados.

Imagens da TV Globo mostraram a carne em estado de decomposição. As autoridades buscam rastrear outras empresas lesadas pelo esquema, que envolveu 32 carretas de proteína animal enviadas de outros estados para compradores enganados sobre a procedência do produto.

"Agora, o desafio das autoridades é rastrear que outras empresas foram lesadas pela Tem Di Tudo Salvados e acabaram comprando e revendendo os lotes podres." disse um representante da Decon.

O esquema demonstra a gravidade da falta de fiscalização e controle na cadeia de produção e distribuição de alimentos no Brasil, gerando preocupações com a saúde pública e a segurança alimentar da população. A atuação enérgica das autoridades é crucial para evitar que novas fraudes deste tipo ocorram.

Este caso reforça a necessidade de maior rigor nas investigações e punições para crimes contra o consumidor, especialmente em setores sensíveis como o alimentício. A proteção da saúde pública exige um sistema mais eficiente de monitoramento e fiscalização, capaz de prevenir e coibir práticas fraudulentas que coloquem em risco a vida da população.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Créditos: infomoney

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