O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, deve permanecer preso por mais 20 dias. A Justiça do país prorrogou a prisão por acreditar que existe o risco de que Yeol possa destruir provas relevantes para a investigação sobre a tentativa dele de impor uma lei marcial no país.
O que aconteceu
- Yoon Suk Yeol foi preso na última quarta-feira (15/1) após tentar impor a lei marcial — que amplia o poder Executivo e limita os direitos civis — na Coreia do Sul. Ele chegou a decretar a lei em 3 de dezembro, mas revogou a medida horas depois.
- Inicialmente, ele ficaria preso por apenas 48 horas (cerca de dois dias). No entanto, Yeol foi levado a uma audiência neste sábado (18/1) e teve a detenção estendida, de acordo com a imprensa local.
- A decisão judicial foi baseada na possibilidade de que o líder destituído possa destruir provas relacionadas à investigação que vai determinar se a tentativa frustrada de impor a lei marcial configura como insurreição — quando uma autoridade se rebela contra o poder legal do país.
Se a insurreição for comprovada, o presidente da Coreia do Sul poderá ser condenado à pena de morte ou à prisão perpétua, visto que a imunidade presidencial não vale para esse crime.
Protestos
Apoiadores de Yoon Suk Yeol reagiram à prorrogação da detenção. Estima-se que havia cerca de 10 mil pessoas reunidas do lado de fora do Tribunal Distrital Ocidental de Seul em apoio ao político. Após o anúncio, algumas delas quebraram janelas e invadiram o prédio.
Veículos que transportavam membros do Escritório de Investigações sobre Corrupção também foram atacados.
Vale lembrar que, em 14 de dezembro, a Assembleia de Deputados do país aprovou uma moção de destituição contra o líder conservador, suspendendo-o de suas funções. No entanto, até que a Corte Constitucional valide o impeachment, Yoon Suk Yeol continua sendo oficialmente o presidente da Coreia do Sul.
Neste processo, paralelo às investigações, a jurisdição tem até meados de junho para destituí-lo ou restabelecer suas funções.
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