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Internacional

Trump sinaliza adiamento da proibição do TikTok nos EUA


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), afirmou neste sábado, 18, que a decisão sobre a proibição do TikTok no país pode ser adiada por até 90 dias.

Em entrevista à NBC, Trump indicou que, se optar por essa prorrogação, o anúncio será feito na próxima segunda-feira, 20, data de sua posse.

A declaração foi feita após a Suprema Corte dos EUA validar, nesta sexta-feira, uma lei que exige a venda do TikTok, plataforma controlada pela chinesa ByteDance, até o dia 19 de janeiro.

Caso a venda não ocorra, o aplicativo enfrentaria uma proibição nos Estados Unidos. A decisão foi um golpe para a rede social, que alega que a medida representa uma ameaça à liberdade de expressão, protegida pela Primeira Emenda da Constituição americana.

Em resposta, o TikTok alertou para um possível "apagão" para seus 170 milhões de usuários americanos a partir deste domingo, caso o presidente Joe Biden não suspenda a aplicação da lei.

A rede social afirmou que não obteve as garantias necessárias de que seus serviços não seriam interrompidos, algo que, segundo a plataforma, é essencial para a continuidade do aplicativo no país.

Solução para impasse
Trump, que assumirá o cargo na segunda, demonstrou interesse em uma solução para o impasse, considerando uma ordem executiva para adiar o banimento por até 90 dias.

Na sexta-feira, o presidente eleito informou ter discutido o tema com o presidente da China, Xi Jinping, e revelou que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi convidado para sua cerimônia de posse.

Em um vídeo publicado na rede social, Chew declarou que Trump está comprometido em garantir uma solução que permita a continuidade do TikTok nos Estados Unidos, defendendo que a medida é uma posição forte em prol da liberdade de expressão e contra a censura arbitrária.

Apesar de ter reconhecido a importância do TikTok para milhões de americanos, a Suprema Corte dos EUA vê que o desinvestimento da empresa é necessário para mitigar preocupações de segurança nacional, relacionadas às práticas de coleta de dados e à influência de um adversário estrangeiro.

O governo Biden, por sua vez, afirmou que as ações necessárias para implementar a lei ficariam a cargo da administração de Trump, devido ao curto tempo restante de seu mandato.

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