Brasília, 18 de janeiro de 2025 – O Brasil inicia o ano com um alerta sobre a dengue, uma doença que continua a desafiar autoridades de saúde e a população. Embora os números de casos prováveis tenham apresentado uma queda significativa em relação ao mesmo período do ano passado, com mais de 16 mil registros até agora, a preocupação com um possível aumento na incidência da doença permanece.
O Ministério da Saúde ativou um Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras arboviroses, buscando monitorar e responder rapidamente a qualquer surto. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destacou que, apesar das expectativas iniciais de uma explosão nos casos em 2025, a situação atual é mais semelhante à de 2023 do que à de 2024.
Situação Epidemiológica
Até o momento, foram confirmadas quatro mortes em decorrência da dengue, com outras 62 mortes sob investigação. Os estados em alerta incluem Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, os números são alarmantes: 29.447 casos confirmados até agora.
Ações do Governo
Diante desse cenário, o governo federal anunciou um conjunto de medidas para controlar a dengue:
- Vacinação: A aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue foi firmada para jovens entre 10 e 14 anos.
- Tecnologia inovadora: Está sendo implementado o uso de mosquitos infectados com uma bactéria que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue.
- Campanhas educativas: Iniciativas para conscientizar a população sobre a importância do combate ao mosquito Aedes aegypti estão em andamento.
Desafios à Vista
Um dos principais desafios é o retorno do sorotipo 3 da dengue, que estava fora de circulação desde 2008 e já representa quase 41% dos casos registrados nas últimas semanas do ano passado. As condições climáticas favoráveis ao mosquito, exacerbadas pelo fenômeno El Niño, também podem contribuir para um aumento nos casos nos próximos meses.
As autoridades de saúde pedem à população que redobre os cuidados e elimine possíveis criadouros do mosquito, como água parada em recipientes. A vigilância contínua e as estratégias preventivas são essenciais para evitar uma nova onda da doença.
Com um panorama epidemiológico ainda instável, o Brasil precisa estar preparado para enfrentar os desafios que a dengue impõe neste início de ano. A combinação de vacinação, tecnologia e conscientização da população será crucial para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde pública.
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