O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, classificou o incêndio de 35 ônibus e um trem na Zona Oeste do Rio de Janeiro como "gravíssimo". Ele explicou que, embora seja um evento preocupante, ainda é cedo para tomar decisões sobre alterações relacionadas à presença de forças federais no estado. Segundo Cappelli, o reforço no Rio de Janeiro está em curso há apenas uma semana e será realizada uma reunião de monitoramento para avaliar os resultados até agora. Ele mencionou que recentemente a Polícia Federal chegou ao local com tecnologia e equipamentos adicionais, e esses acontecimentos graves serão considerados no planejamento em andamento.
Cappelli participou de uma mesa na 17ª edição do Encontro Nacional de Repressão às Drogas, Armas, Crimes contra o Patrimônio e Facções Criminosas (Siren), na manhã desta terça-feira (24), junto com o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Leandro Almada da Costa.
A reunião na sede da Polícia Federal vai avaliar a atuação integrada das tropas federais nos primeiros dias de permanência no Rio de Janeiro. Cappelli também deve se encontrar com o governador Cláudio Castro à tarde.
O secretário afirmou ainda que, no momento, não há previsão de intervenção na segurança pública.
"Isso não está na pauta. No momento, apostamos no Susp, no Sistema Único de Segurança Pública. Nós apostamos no fortalecimento das relações interfederativas. O estado tem o seu papel. O policiamento ostensivo é responsabilidade do estado. Para você ter uma ideia, se somarmos todo o efetivo da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, com a Força Nacional, isso dá a metade dos homens da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Por isso cabe aos estados o policiamento ostensivo", disse.
Cappelli destacou que deve reforçar a inteligência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
"Já está sendo reforçada. Alguns homens foram deslocados na semana passada. Outros vão chegar está semana. Estamos buscando analistas da Polícia Federal com larga experiência e trabalhos exitosos para o Rio de Janeiro. E com equipamentos e tecnologia para que a gente possa desbataratar o crime organizado."
Cappelli falou ainda que os presídios federais estão abertos para a transferência de criminosos do estado.
"Não há limite, da parte do governo federal, quanto à transferência de presos. Todos os presos que o estado solicitar para presídios federais serão atendidos."
Gazeta Brasil