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Prefeitura De São Paulo Suspende Serviço De Mototáxi Da 99 E Empresa Reage


(Agência Brasil)

A Prefeitura de São Paulo ordenou nesta terça-feira (14) a suspensão do serviço de transporte de passageiros por motocicletas oferecido pela empresa 99. A decisão baseia-se no Decreto Municipal 62.144, de janeiro de 2023, que suspende temporariamente essa modalidade de transporte na cidade. A administração municipal destacou que está disposta a adotar medidas legais para impedir a continuidade do serviço.

Segundo o decreto, a atividade é proibida, mas o texto não estabelece prazos para a suspensão nem especifica sanções para o descumprimento. Apesar da determinação, a 99 questionou a legalidade da medida e apresentou um mandado de segurança à 8ª Vara de Fazenda Pública, pedindo a anulação do ato.

A 99 argumenCidadeta que o decreto da prefeitura contraria decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhecem a legitimidade do transporte individual privado de passageiros, incluindo motocicletas, conforme a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012). Em nota, a empresa afirmou que "as prefeituras podem regulamentar e fiscalizar a atividade, mas não proibi-la".

A empresa também ressaltou que o serviço de mototáxi já opera em mais de 3.300 municípios brasileiros e que, desde 2018, a legislação federal autoriza essa modalidade de transporte. Além disso, a 99 destacou que implementa medidas de segurança, como monitoramento de corridas e alertas de velocidade, e que apenas 0,0003% das viagens em 2024 resultaram em acidentes.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) classificou o serviço como perigoso, mencionando o aumento de acidentes fatais envolvendo motociclistas na cidade. De janeiro a julho de 2024, 329 mortes foram registradas, um crescimento de 37% em relação ao mesmo período de 2023.

Nunes fez duras críticas à 99 durante um evento na Zona Sul da capital: "São assassinos. Essas empresas são irresponsáveis. Elas já levam muito dinheiro para fora da cidade. As vidas, não", afirmou. Ele reforçou que o serviço pode causar uma "carnificina" no trânsito da capital.

A vereadora Renata Falzoni e a deputada federal Tabata Amaral (PSB) protocolaram ofícios solicitando esclarecimentos à prefeitura e à 99. Elas sugeriram a abertura de diálogo para discutir uma regulamentação do serviço. Entre os pontos levantados estão critérios para seleção de condutores, medidas de segurança e estudos sobre o impacto do mototáxi na mobilidade urbana de São Paulo.

Apesar da proibição, a 99 iniciou a oferta do serviço 99Moto de forma gradual na cidade, fora do Centro expandido. A primeira corrida ocorreu entre o bairro Rio Pequeno e o Osasco Plaza Shopping, com percurso de 6,8 km em 12 minutos, ao custo de R$ 10.

Gazeta Brasil

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