O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, deixou a prisão no sábado (9) após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes conceder sua liberdade provisória. Cid estava preso desde 3 de maio, acusado de integrar uma milícia bolsonarista.
Para obter a liberdade, Cid assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. No acordo, Cid comprometeu-se a colaborar com as investigações sobre a milícia e outros crimes cometidos por Bolsonaro e seus aliados.
Moraes impôs sete medidas cautelares a Cid, incluindo:
- Proibição de sair do Distrito Federal e obrigação de ficar em casa à noite e nos fins de semana, sempre com tornozeleira eletrônica;
- Obrigação de se apresentar à Justiça em 48 horas depois de sair da prisão e semanalmente, às segundas-feiras;
- Proibição de sair do país, com obrigação de entregar os passaportes à Justiça em cinco dias;
- Cancelamento de todos os passaportes emitidos pelo Brasil em nome de Cid;
- Suspensão do porte de arma de fogo e de qualquer registro de colecionador, atirador desportivo ou caçador (CAC);
- Proibição de usar qualquer rede social; e
- Proibição de se comunicar com os demais investigados no inquérito que o envolve e em investigações relacionadas, por qualquer meio, inclusive por intermédio de advogados. Ficam fora dessa proibição apenas a esposa, a filha e o pai de Cid.