A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, não possui um cargo formal no governo Lula III, mas, na prática, conta com uma equipe de ao menos 12 pessoas à sua disposição, composta por assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e até um militar como ajudante de ordens, conforme uma longa reportagem do jornal Estadão.
De acordo com a matéria, a equipe informal tem um custo mensal estimado de R$ 160 mil e já gastou cerca de R$ 1,2 milhão em viagens desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Embora a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) tenha respondido com os cargos formais dos profissionais, o grupo de Janja, que inclui figuras como Neudicléia Neres de Oliveira (Neudi) e Brunna Rosa Alfaia, tem desempenhado funções de destaque, como o gerenciamento das redes sociais do governo. Neudi, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), ocupa o cargo de assessora especial, enquanto Brunna Rosa, com vasta experiência em comunicação, lidera a Secretaria de Estratégia e Redes da Secom.
A equipe também inclui fotógrafos dedicados, como Cláudio Adão dos Santos Souza, que acompanha Janja nas viagens oficiais, e assessores como Juliana Aporta Gaspar e Edson Antônio Moura Pinto, capitão do Exército e ajudante de ordens. O gasto com viagens, incluindo os custos de transporte, tem sido expressivo, sobretudo referente aos custos com a Força Aérea Brasileira, que mantém os detalhes financeiros sob sigilo.
Além dos membros da equipe direta, Janja tem influência política significativa, tendo ajudado a indicar nomes como Maria Helena Guarezi para o Ministério das Mulheres e Margareth Menezes para o Ministério da Cultura. Ela também tem boa relação com o secretário-geral da Presidência, Wagner Caetano Alves de Oliveira, com quem organizou a posse de Lula em 2023.
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