Após uma sequência de casos que levantaram questionamentos sobre a conduta da Polícia Militar de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou nesta quarta-feira (4) que medidas serão tomadas para ajustar os procedimentos da corporação. A afirmação ao portal Metrópoles. O governador, contudo, rechaçou qualquer especulação sobre o enfraquecimento do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
As mudanças em debate surgem em um momento de intensa pressão pública, motivada por episódios graves como o de um policial militar que jogou um homem do alto de uma ponte em Cidade Ademar, zona sul da capital paulista. Tarcísio se reuniu na terça-feira (3) com o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir as respostas institucionais.
Derrite, que estava em Brasília participando de uma reunião nacional do Conselho de Secretários de Segurança Pública, não compareceu ao encontro. A ausência alimentou rumores nos bastidores sobre sua posição no governo. O governador, no entanto, afastou tais hipóteses. "Não tem enfraquecimento algum. Temos que fazer ajustes, sem sombra de dúvida. Fazer uma profunda reflexão sobre o que não está dando certo", afirmou.
Tarcísio enfatizou a necessidade de observar o cumprimento dos procedimentos padrão, mas garantiu que não há intenção de "rifar" nenhum membro da equipe. "Nas adversidades, temos que procurar juntar. Não espalhar", concluiu o governador.
A questão dos abusos policiais em São Paulo reacendeu o debate sobre a segurança pública e o uso da força pela PM, colocando o governo estadual sob os holofotes. Mais ajustes são esperados nos próximos dias, enquanto a administração tenta responder à pressão social e manter a confiança na corporação.
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