Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é ouvido como parte da Operação Contragolpe
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou ter qualquer conhecimento sobre o plano de assassinato envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O depoimento foi realizado nesta terça-feira (19) na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, no contexto da Operação Contragolpe.
Depoimento e Declarações da Defesa
Segundo a advogada de Cid, Vania Bittencourt, o tenente-coronel afirmou desconhecer completamente o esquema. "Ele alegou desconhecimento. [Ele] não sabe mesmo. Desse [caso], ele não participou. O que ele não sabe, não pode dizer", declarou Bittencourt após o interrogatório.
- General da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro;
- Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus;
- Major Rafael Martins de Oliveira, suspeito de negociar pagamentos com Mauro Cid para financiar a ida de manifestantes a Brasília;
- Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
- Policial federal Wladimir Matos Soares.
As prisões e medidas cautelares foram realizadas em diversos estados, incluindo Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Histórico de Cid e Delação Premiada
Mauro Cid firmou um acordo de delação premiada em setembro de 2023, após ter sido preso na Operação Venire, que investiga fraudes na vacinação contra a Covid-19. Apesar de ter sido solto, autoridades levantam dúvidas sobre a possível omissão de informações, o que pode impactar a manutenção do acordo.
"Ele vai e fala o que sabe. Não tem como inventar. Acreditamos que o acordo vai ser mantido", afirmou Vania Bittencourt, destacando a postura de seu cliente durante as investigações.
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