O futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, sinalizou que a autarquia monetária pode adotar uma política monetária "mais contracionista", que indica manter a taxa básica de juros, a Selic, em um patamar elevado por mais tempo.
Falando em um evento organizado pela XP, ele disse ser "lógico" tal direcionamento para a taxa Selic diante de uma economia com maior dinamismo do que o esperado e uma moeda mais desvalorizada, mas se recusou a fornecer um guidance para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
"Parece relativamente lógico imaginar isso e (foi) em cima desse movimento que aconteceu ao longo do ano que o Banco Central foi migrando gradativamente de um ciclo de corte para uma pausa e (para) o ciclo de alta de juros", disse.
Ele disse que a autarquia iniciou um ciclo de cortes de juros em agosto de 2023, que levou a Selic a 10,50% ao fim do período de afrouxamento, por haver uma perspectiva de desaceleração da economia brasileira naquele momento, que tem se "frustrado sistematicamente".
O diretor de Política Monetária do BC participou nesta segunda-feira (2) de um evento com investidores.
"A gente não vai dar nenhum gás agora, às vésperas do Copom, sobre o que a gente vai fazer nas próximas reuniões nem para a próxima reunião. Agora, neste momento, não vamos comunicar nada neste sentido", disse.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a Selic para 11,25% ao ano, uma alta de 0,5 ponto percentual em relação à sua última reunião.
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