Em uma entrevista à revista Veja, o ex-presidente Jair Bolsonaro reafirmou sua relevância no cenário político brasileiro, mesmo enfrentando um futuro incerto devido a processos judiciais. Sem mandato e declarado inelegível, Bolsonaro se mantém firme, afirmando sua posição como líder da direita. "Meu partido, o PL, passou a ter quatro capitais, e nas cidades com mais de 200 mil eleitores somos campeões", disse ele, destacando os avanços conquistados nas últimas eleições.
Apesar de admitir que houve falhas em algumas campanhas, como em Goiânia e Curitiba, Bolsonaro afirma: "Não tenho derrota", ressaltando a força do conservadorismo. Sobre 2026, ele descartou apoiar outros nomes sugeridos, como Tarcísio de Freitas ou Ronaldo Caiado. "Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional."
Bolsonaro também comentou as acusações que podem levar a um indiciamento pela suposta tentativa de golpe de Estado, defendendo-se veementemente: "É só perseguição, sinto isso o tempo todo. Nunca joguei fora das quatro linhas." Ele criticou a possibilidade de uma denúncia formal e expressou preocupação sobre quem seria responsável por julgá-lo.
A questão de sua inelegibilidade foi abordada com indignação. Ele considera o processo injusto e acredita que foi alvo de perseguição por abuso de poder político. "Não tem cabimento a minha inelegibilidade", declarou, revelando estratégias para tentar recuperar seus direitos políticos, como ações no STF e a pressão pela opinião pública.
Sobre o papel de outros líderes emergentes, Bolsonaro foi crítico. Ele se referiu a Pablo Marçal como "um cara inteligente" que não utilizou essa inteligência de maneira benéfica, e apontou erros graves que, segundo ele, prejudicaram o avanço da direita. Quanto ao futuro, o ex-presidente não demonstra otimismo cego, mas se define como realista e preparado para enfrentar qualquer cenário político ou judicial.
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