Em discurso a apoiadores em San Cristóbal nesta segunda-feira (22), o
ditador venezuelano Nicolás Maduro demonstrou não enxergar outro cenário senão
a sua própria vitória nas eleições do próximo domingo (28). No evento, ele
afirmou que "vencerá de lavada" e que não quer "show, nem choradeira" por parte
da oposição.
– Já sei o final do filme. Ninguém vai manchar o processo eleitoral da
Venezuela, porque não permitirei isso. Terão que respeitar os resultados –
afirmou.
Maduro alegou ter o apoio da maior parte da população e também das
Forças Armadas. Ele acrescentou que a oposição quer transformar a Venezuela na
"Argentina de Milei", privatizando serviços públicos.
A fala do sucessor de Hugo Chávez sobre o pleito que se aproxima é mais
uma entre outras que vêm causando preocupação internacional. Em comício
realizado na última quarta (17), ele afirmou que nestas eleições será decidido
entre a paz ou a "guerra civil fraticida", e previu um "banho de sangue" caso
perca o pleito.
No último sábado (20), o político voltou a tecer ameaças e dizer que
trata-se de uma decisão entre a paz ou um país "convulsionado, violento e cheio
de conflitos", citando novamente uma guerra civil.
Maduro subiu o tom após pesquisas de intenção de voto apontarem uma
ampla vantagem para seu maior adversário, Edmundo González Urrutia. Segundo
levantamento conduzido pelo Centro de Estudos Políticos e Governamentais da
Universidade Católica Andrés Bello (CEPyG-UCAB) e a empresa Delphos, Urrutia
acumula 59,1% das intenções de voto, contra 24,6% de Maduro.
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