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Política

Braga Netto nega que planejava trair Bolsonaro e frisa lealdade


General Braga Netto nega acusações de envolvimento em suposto plano de golpe e assassinato
O general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PL), negou neste sábado (23) as acusações de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado e de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O general classificou a tese como uma "fantasia absurda" e ironizou a narrativa de um suposto "golpe dentro do golpe".

"Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de "golpe dentro do golpe". Haja criatividade?", escreveu Braga Netto em nota divulgada nas redes sociais.

Defesa Técnica Rechaça Acusações
A nota divulgada, assinada pelos advogados Luís Henrique César Prata, Francisco Eslei de Lima e Gabriella Leonel S. Venâncio, enfatiza que Braga Netto jamais trairia o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi vice na chapa presidencial derrotada em 2022. A defesa destacou o compromisso do general com princípios éticos e legais ao longo de sua trajetória.

A elucidação da verdade será alcançada pela observância dos ritos do devido processo legal, bem como a responsabilidade de cada um dos envolvidos nos referidos inquéritos, por suas ações e omissões.

"Por fim, é vital levantar a questão a quem interessa este tipo de ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal, que ainda não foi disponibilizado oficialmente para as defesas dos interessados"

Os advogados também mencionaram a lealdade inabalável de Braga Netto a Bolsonaro, afirmando que essa postura foi mantida durante todo o governo e persiste até hoje:

"E a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis."

Questionamentos Sobre a Narrativa
A defesa criticou o uso de "ilação e suposição" para construir acusações antes que o inquérito fosse oficialmente disponibilizado para análise das defesas. A nota conclui com uma reflexão sobre os interesses por trás dessas acusações:

"Por fim, é vital levantar a questão a quem interessa este tipo de ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal."

Minuta e Gabinete de Crise
A decisão judicial do STF mencionou que a Polícia Federal identificou uma minuta que previa a criação de um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise", no qual os generais Augusto Heleno e Braga Netto seriam indicados como líderes. O documento indicava que esse gabinete seria instituído por militares após um golpe de Estado e previa os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes.

agoranoticiasbrasil.com.br/

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