Em meio a escalada de tensão na Europa, Vladimir Putin disse que a Rússia pode atacar instalações militares em países que apoiam a Ucrânia. A declaração aconteceu, nesta quinta-feira (21/11), dias após aliados liberarem ataques com mísseis de longe alcance contra o território russo.
No discurso televisivo, o líder russo afirmou que a decisão "introduziu características de um conflito global" para a guerra na Ucrânia, que se estende por dois anos e ganhou contornos perigosos nos últimos meses. Até o momento, os governos dos Estados Unidos e Reino Unido liberaram o uso de tais armas contra a Rússia. A França também sinalizou intenção de considerar tal medida, e existem relatos extraoficiais de que tais armamentos franceses já podem ter sido utilizados.
"Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso de suas armas contra os nossos alvos e, no caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e da mesma forma", disse Putin.
Além da ameaça, o mandatário russo confirmou o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), contra o território da Ucrânia. O Oreshnik, como é chamado a arma que possuí capacidade de alcance de quase 10 mil km, atingiu a cidade de Dnipro.
"Estamos a desenvolver mísseis de médio e curto alcance como resposta aos planos dos EUA de produzir e instalar mísseis de médio e curto alcance na Europa e na região Ásia-Pacífico", declarou.
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