Senador Rogério Marinho questiona capacidade do Ministro Alexandre de Moraes para conduzir inquérito sobre suposto golpe em 2022
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, declarou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não possui condições de conduzir o inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe em 2022. A investigação está no centro da Operação Contragolpe, realizada pela Polícia Federal (PF).
As Alegações de Marinho Contra Moraes
De acordo com o senador, Alexandre de Moraes, além de relator do caso, figura como uma das alegadas vítimas no suposto plano que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes. A operação resultou na prisão de cinco suspeitos e levantou questionamentos sobre a imparcialidade do ministro.
Marinho criticou o fato de Moraes ter mencionado a si mesmo 44 vezes na decisão que autorizou a operação, afirmando:
"Eu acho que o ministro Alexandre de Moraes não tem nenhuma condição de continuar à frente desse processo; ele claramente é parte do processo, e não há nenhuma imparcialidade em quem se afirma vítima".
Pedido de Impeachment e Acusações de Abuso de Poder
Diante do contexto, políticos da oposição protocolaram um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes no Senado, alegando abuso de poder. Segundo Marinho, a ação da PF tenta associar o ex-presidente Jair Bolsonaro à trama como parte de uma estratégia que ele classificou como "cortina de fumaça".
O senador reforçou a necessidade de uma condução imparcial da investigação, afirmando:
"O ministro continua reiterando os motivos que ensejaram o pedido de abertura desse processo de impedimento; ele claramente comete abuso".
Marinho ainda destacou que o STF deve buscar autocontenção para garantir que o processo seja justo e transparente.
Supostas Conexões com Bolsonaro e os Militares Envolvidos
A operação levou à prisão de quatro militares e um agente da Polícia Federal, levantando especulações sobre possíveis conexões com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador Rogério Marinho, no entanto, rebateu essas suposições. Ele destacou que os trechos divulgados pela imprensa sugerem que Bolsonaro se manteve dentro dos limites constitucionais e não incentivou qualquer ação golpista.
"Há um diálogo que foi publicado onde claramente as pessoas, os aloprados que estão falando nesse diálogo, reclamam que o presidente quer jogar dentro da Constituição", pontuou Marinho.
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