O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou direto de Alagoas a operação da Polícia Federal que prendeu, nesta terça-feira (19/11), quatro militares do Exército e um policial federal suspeitos de orquestrar um plano para matar o então presidente eleito Lula em 2022.
Desde o início da semana, Bolsonaro está de férias em São Miguel dos Milagres, badalada praia do litoral alagoano.
O ex-presidente da República está hospedado na propriedade do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), que é dono de uma pousada na região.
Enquanto a PF cumpria os mandados de prisão, Bolsonaro estava pescando com Gilson. Segundo aliados, o ex-presidente evitou entrar em detalhes, mas avaliou que a operação seria uma "tentativa" de Lula de mostrar, durante o G20, que seria um "democrata" ao prender supostos "golpistas".
Lula comanda a reunião da 19ª cúpula do G20 no Rio de Janeiro desde a segunda-feira (18/11).
O encontro reúne líderes mundiais como os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden; da China, Xi Jiping; e da Argentina, Javier Milei.
Militares presos pela PF
Foram presos pela PF nesta terça o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coroneis Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima. Fernandes foi o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.
Além dos quatro militares, foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares. Segundo a investigação, o grupo teriam um "detalhado planejamento operacional, denominado "Punhal Verde e Amarelo", que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para matar Lula e Geraldo Alckmin.
As investigações da PF apontam ainda que Bolsonaro teria redigido, ajustado e "enxugado" a chama "minuta do golpe", uma espécie de decreto que previa a intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do então presidente eleito Lula e convocar novas eleições no Brasil.
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