As ondas de pânico que percorreram o Partido Democrata na sequência do
alarmante desempenho do presidente Joe Biden no debate deixaram os líderes e
dirigentes do partido lutando neste fim de semana para responder a duas
questões distintas:
Será que Biden arrastará toda a chapa, especialmente em disputas
críticas para a Câmara e ao Senado?
Se não for ele no cabeça de chapa, quem
seria?
"Não existe um verdadeiro plano de sucessão", disse um conselheiro
democrata sênior da campanha de Biden à CNN neste sábado (29). "Isso é o que
torna tudo isso não apenas doloroso, mas também muito problemático".
Novas pesquisas estão sendo conduzidas pelos democratas durante todo o
fim de semana e no início da próxima semana, em um esforço para obter uma
imagem mais profunda da extensão das consequências políticas, especialmente em
disputas importantes que determinarão se o partido pode reconquistar a maioria
na Câmara e manter a sua posição controle estreito do Senado.
Um segundo conselheiro de longa data disse que a única maneira de Biden
considerar se afastar – uma medida que ainda é uma questão em aberto – seria se
lhe fossem apresentados dados sérios mostrando que ele provavelmente não apenas
perderia sua candidatura à reeleição, mas também colocaria em risco a Câmara e
o Senado e corridas locais competitivas em todo o país.
A campanha de Biden há muito tem pesquisas que revelam que os democratas
ainda apoiariam os candidatos menos votados, mesmo que não votassem em Biden.
Se o revés do debate do presidente tornasse alguns destes eleitores muito menos
inclinados a votar – dando uma vantagem de participação a Donald Trump e aos
republicanos – Biden poderia ser confrontado com uma realidade mais dura.
"O partido está nas mãos do presidente Biden – para o bem ou para o
mal", disse um senador democrata à CNN, falando sob condição de anonimato. "Ele
merece nosso respeito e espaço para tomar qualquer decisão".
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