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Internacional

Trump sugere que palestinos deixem a Faixa de Gaza e fala em limpar a região


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu neste sábado (25) que os moradores da Faixa de Gaza deixem a região para que seja feita uma limpeza. Trump afirmou defender que Egito e Jordânia recebam palestinos.

Quando perguntado se essa sugestão era temporária ou de longo prazo, Trump respondeu: "Pode ser qualquer uma das duas".

"É literalmente um local de demolição, quase tudo foi demolido e as pessoas estão morrendo lá. Então, eu preferiria me envolver com algumas das nações árabes e construir moradia em outro local onde elas possam talvez viver em paz, pelo menos por um tempo", disse o presidente.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 25 de janeiro de 2025 — Foto: REUTERS/Leah Millis

"Estamos falando de um milhão e meio de pessoas, e nós apenas limpamos tudo isso."
A Faixa de Gaza foi amplamente destruída por causa da guerra entre Israel e Hamas, que começou em outubro de 2023 após um ataque do grupo terrorista. O conflito gerou uma crise humanitária no território e deixou mais de 40 mil mortos.

Até o ano passado, os Estados Unidos afirmavam ser contra o deslocamento forçado de palestinos. O então presidente Joe Biden defendia a criação do Estado da Palestina e um acordo para convivência pacífica com Israel.

As falas de Trump levantam preocupações sobre uma saída generalizada de palestinos da Faixa de Gaza, o que poderia resultar no "apagamento" do grupo na região e enfraquecer a proposta para a criação do Estado da Palestina.

Trump conversou com o rei Abdullah da Jordânia neste sábado. Em entrevista a jornalistas, o presidente norte-americano afirmou que sugeriu que o monarca aceite palestinos no país, já que a Faixa de Gaza está uma "bagunça".

No domingo (26), Trump deve discutir o assunto com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi pelo telefone.

Ainda durante uma conversa com jornalistas, Trump afirmou que liberou para Israel bombas de 2.000 libras que haviam sido retidas por Biden. Esses artefatos podem atravessar concreto e metal espessos, criando um amplo raio de explosão.

Biden havia suspendido o envio desse tipo de bomba para Israel devido à preocupação com o impacto que elas poderiam ter sobre a população civil da Faixa de Gaza.

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