O dólar comercial fechou abaixo dos R$ 6,00 nesta quarta-feira, 22 de janeiro de 2025, sendo negociado em torno de R$ 5,880 para compra e R$ 5,882 para venda. Essa queda gerou expectativa no mercado, mas analistas alertam para possíveis fatores que podem pressionar o câmbio no futuro.
A prévia da inflação, o IPCA-15, registrou alta de 0,11% em janeiro, um resultado abaixo do esperado. Economistas da Reuters previam uma queda de 0,03%, apontando para uma inflação anual de 4,36%. O desempenho do IPCA-15, portanto, contribuiu para o fortalecimento do real.
O déficit em conta corrente em dezembro de 2024 e o Investimento Direto no País (IDP) de US$ 2,765 bilhões em dezembro e de US$ 71,070 bilhões em 2024 também superaram as expectativas do mercado, fatores positivos para a moeda brasileira.
Ainda que o cenário atual seja favorável, diversas reuniões de bancos centrais ao longo da próxima semana devem influenciar a cotação do dólar. A reunião do Banco do Japão, na sexta-feira, pode resultar em aumento de sua taxa de juros. Já o Federal Reserve (Fed) deve manter os juros na quarta-feira e o Banco Central Europeu deverá reduzir os custos dos empréstimos na quinta-feira.
No Brasil, o Copom, comitê do Banco Central, também anuncia sua decisão na quarta-feira, com a expectativa de alta na taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano. A barra é alta
para mudar nossa orientação de juros, afirmou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Uma reunião do presidente Lula com os ministros da Fazenda (Fernando Haddad), Casa Civil (Rui Costa) e Agricultura (Carlos Fávaro) também está sendo acompanhada de perto pelo mercado.
A queda do dólar, portanto, é um cenário positivo no curto prazo, mas a volatilidade cambial permanece dependente de vários fatores internacionais e domésticos. A atuação do Banco Central, a inflação e as decisões de outros bancos centrais globais, como o Banco Central Europeu, serão fatores cruciais para o futuro da moeda brasileira frente ao dólar.
O comportamento do mercado e as decisões políticas do governo Lula, principalmente as ações do ministro Fernando Haddad, serão observadas com atenção por analistas e investidores nos próximos dias e semanas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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