Brasília, 6 de janeiro de 2025 – Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não considera alterar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como estratégia para conter a recente alta do dólar. A declaração vem em meio a crescentes preocupações sobre a volatilidade da moeda americana, que atingiu R$ 5,70 nas últimas semanas.
Haddad enfatizou que a prioridade do governo é focar em uma agenda fiscal robusta e no equilíbrio orçamentário, sem a necessidade de recorrer a mudanças no regime tributário. "Não há propostas em discussão para aumentar o IOF. Estamos concentrados em garantir a estabilidade econômica através de outras medidas", declarou o ministro.
A alta do dólar tem gerado inquietação entre investidores e economistas, que temem impactos negativos na inflação e na economia brasileira. No entanto, Haddad ressaltou que o governo confia na autonomia do Banco Central e na eficácia das políticas monetárias em vigor. "A comunicação clara sobre nossa agenda fiscal e o compromisso com a estabilidade são fundamentais para tranquilizar o mercado", acrescentou.
O ministro também destacou que as flutuações no câmbio são influenciadas por fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos e tensões geopolíticas, e que intervenções pontuais podem ser mais eficazes do que alterações tributárias.
A posição de Haddad reflete uma abordagem cautelosa do governo Lula em relação à política econômica, buscando evitar medidas que possam gerar incerteza ou instabilidade adicional no mercado financeiro. Com isso, o governo pretende reafirmar seu compromisso com um ambiente econômico previsível e sustentável.
Os próximos dias serão cruciais para observar como o mercado reagirá às declarações do ministro e quais serão os desdobramentos da política econômica brasileira diante da pressão externa sobre a moeda nacional.
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