Acusações de tentativa de alteração nas regras eleitorais para o Senado marcam governo Lula
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo acusado de tentar alterar as regras para as eleições ao Senado em 2026, quando 54 das 81 cadeiras da Casa estarão em disputa. A proposta, apresentada por Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, prevê que os eleitores votem em apenas um candidato ao Senado, em vez dos dois atuais. Seriam eleitos os dois mais votados em cada estado.
Acusações de Manipulação Eleitoral
O objetivo alegado da mudança seria evitar que chapas exclusivamente de direita conquistem ambas as cadeiras em disputa por estado, protegendo a base governista e aumentando as chances de candidatos alinhados à esquerda. Críticos da proposta classificam a ideia como uma tentativa de "golpe" no sistema eleitoral, acusando o governo de adulterar as regras para favorecer sua posição no Senado.
Parlamentares da oposição e líderes de centro criticaram duramente o plano, argumentando que a alteração beneficiaria a esquerda de forma desproporcional.
Randolfe Retira Proposta Temporariamente
O Projeto de Lei 4.629/2024, que propõe a mudança, foi retirado da pauta em dezembro por Randolfe Rodrigues. Contudo, ele afirmou que o debate será retomado em 2025, dentro do contexto de uma reforma do Código Eleitoral. A decisão de Randolfe gerou ainda mais polêmica, pois ele é um dos senadores cujo mandato termina em 2026 e poderia enfrentar dificuldades de reeleição no modelo atual.
Estratégia Contra Oposição
A proposta também parece ter como objetivo limitar o avanço de candidatos opositores que defendem pautas como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes. Fontes afirmam que líderes governistas e ministros do STF estão preocupados com a possibilidade de um Senado dominado pela direita em 2027, o que poderia complicar a continuidade de um governo de esquerda ou um eventual segundo mandato de Lula.
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