Os pedidos de demissão no Brasil atingiram um recorde histórico em 2024, com quase 8,5 milhões de pessoas deixando seus empregos em um único ano. O fenômeno é atribuído ao aquecimento da economia e a mudanças no comportamento dos trabalhadores, que estão cada vez mais em busca de melhores oportunidades e qualidade de vida.
O setor de bares e restaurantes é um dos mais afetados pela dificuldade em contratar e manter funcionários. As características desse segmento, que exige horários fixos, trabalho nos fins de semana e até altas horas da noite, tornam as vagas menos atrativas em um cenário de ampla oferta de emprego. A dificuldade, no entanto, não se restringe a esse setor e se espalha por diversas áreas da economia.
Além da oferta de vagas, o fenômeno das demissões está relacionado à entrada de uma nova geração no mercado de trabalho. Segundo o economista Bruno Imaizumi, da LCA, os jovens valorizam mais a qualidade de vida e tendem a mudar de emprego com frequência em busca de melhores condições. Diferentemente das gerações anteriores, que construíam carreiras longas em uma única empresa, os jovens não hesitam em transitar entre empresas para alcançar seus objetivos.
Para enfrentar a alta rotatividade, as empresas têm investido em estratégias para reter profissionais. Tribioli ressaltou que, diante das mudanças no mercado de trabalho, é essencial adaptar programas de retenção de talentos. Caso contrário, as organizações enfrentarão ciclos constantes de contratações e desligamentos, impactando sua estabilidade e produtividade.
Gazeta Brasil