O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, fez duras críticas durante uma entrevista à GloboNews, refutando as acusações de envolvimento do ex-presidente em um suposto plano golpista apontado pela Polícia Federal. Segundo o advogado, Bolsonaro não teria qualquer envolvimento direto com o plano e não se beneficiaria dele. Ele explicou que o objetivo da operação "Punhal Verde-Amarelo" seria a criação de uma junta militar, da qual Bolsonaro não faria parte.
"De acordo com os planos atribuídos ao general Mário Fernandes, que ainda carecem de comprovação, quem seria beneficiado seria uma junta militar criada após a ação. Essa junta não incluiria o presidente Bolsonaro. Isso está claro nos documentos analisados. O grande beneficiado seria um grupo específico, e não Bolsonaro. Essa interpretação não é especulativa, é textual", afirmou Cunha Bueno.
O advogado também questionou a questão do foro de julgamento e a imparcialidade no processo envolvendo Bolsonaro. Ele argumentou que, por ter deixado o cargo, o ex-presidente deveria ser julgado em primeira instância. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem mantido o entendimento de que crimes relacionados ao exercício do mandato continuam sob sua competência, mesmo após o término do cargo.
Além disso, Cunha Bueno levantou preocupações sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, considerando-o como um "inimigo declarado" de Bolsonaro. O advogado também questionou a imparcialidade do julgamento, enfatizando que "o mínimo esperado em uma democracia é que o julgamento seja conduzido por alguém neutro".
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