Ex-ministra da Agricultura e Pecuária do governo Jair Bolsonaro (PL), a senadora Tereza Cristina (PP) disse que o centro e a direita devem se unir em torno de uma única candidatura nas eleições presidenciais de 2026. De acordo com ela, será necessário que a direita demonstre "juízo" e "responsabilidade", pois uma divisão no espectro político poderá prejudicar o resultado.
– A direita vai ter que ter juízo e responsabilidade para juntarmos todos e ter um bom projeto para ganharmos a próxima eleição em 2026. O centro e os conservadores devem estar juntos. Se nós nos dividirmos, tenho dúvidas sobre o resultado que vamos ter. 2025 está chegando, as pedras começam a ser jogadas e acomodadas, e aí o candidato que for mais viável do centro e da direita terá apoio de todos, para termos candidatura em torno deste nome – argumentou em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (30).
Para ela, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não consiga reverter sua inelegibilidade, ele será um cabo eleitoral de muita influência para o rumo das eleições. O nome que terá o seu apoio, contudo, segue indefinido, e na visão dela, todas as figuras expoentes da direita "estão no jogo", do qual ela mesma admitiu querer participar.
– Olha, eu acho que todos nós da direita estamos no jogo. A gente tem que saber o que vai acontecer. Hoje, o presidente Bolsonaro está inelegível. Mas ele está trabalhando e nós estamos trabalhando para deixá-lo elegível. Se isso não acontecer, o nome em que ele puser a mão será um grande apoiador para qualquer um de nós da direita, podemos chegar a pleitear a Presidência da República. Eu quero participar. Não sou candidata de mim mesma, e acho que tem ótimos nomes aí. Mas quero participar do jogo, sim, contribuindo para que o Brasil seja o Brasil que eu acredito que a gente precisa ter – acrescentou.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (29), o prefeito Ricardo Nunes defendeu o nome do governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas eleições presidenciais de 2026, caso Bolsonaro siga inelegível.
– Não tem o menor sentido, aqui em São Paulo, eu defender o apoio à reeleição do presidente Lula ou do PT, porque eles agiram de uma forma muito contundente contra a minha candidatura. É natural e óbvio que eu vou defender quem me apoiou. Quem me apoiou foi o Tarcísio, o presidente Bolsonaro. Em retribuição, é óbvio que eu vou fazer isso, porque eu sempre fui uma pessoa de ter, no meu histórico de vida, a coerência – disse o prefeito, que conquistou a reeleição neste domingo (27)
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