A Rússia criticou nesta terça-feira (3) a apreensão do avião oficial do
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por parte dos Estados Unidos e exigiu
a devolução "do que foi roubado" a Caracas.
– Somos solidários com os nossos amigos bolivarianos em suas legítimas
exigências de devolução do que foi roubado do Estado venezuelano – afirmou o
Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado.
Segundo Moscou, os excessos na política de sanções aplicadas por
Washington "não têm limites".
– Mais uma vez ficou demonstrado um total desrespeito pelas normas
jurídicas internacionais – acrescentou a nota oficial.
A pasta de Exteriores russa afirmou que, com a apreensão do avião, os
EUA enviaram "outro sinal" de que podem assumir a propriedade soberana de
outros países.
Na segunda-feira, o avião oficial de Maduro foi apreendido na República
Dominicana e levado para a Flórida no âmbito das sanções aplicadas a Caracas
pelo governo americano, sob o argumento de ter sido "comprado ilegalmente" por
13 milhões de dólares (cerca de R$ 73 milhões).
De acordo com o procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland, no final
de 2022 e início de 2023, indivíduos afiliados a Maduro supostamente usaram uma
empresa de fachada com sede no Caribe para esconder seu envolvimento na compra
ilegal do avião de uma empresa com sede no Distrito Sul da Flórida.
*EFE