O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta quarta-feira (3),
em conversas com auxiliares do governo, que não discutirá neste momento
alterações no Banco Central.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil, o presidente deu mostras de que
deve adotar, neste momento, uma postura de cautela no embate econômico.
O presidente recebeu conselhos e recomendações para pisar no freio no
momento em que a cotação do dólar dispara em comparação ao real.
A avaliação no Palácio do Planalto é de que o presidente já deu o seu
recado público sobre a insatisfação com a taxa de juros e que é momento de
distensionar.
Um auxiliar direto do presidente afirma que, com isso, debate interno
sobre mudança no mandato de presidente do Banco Central fica suspenso.
Na Esplanada dos Ministérios, nas últimas semanas, aliados do governo
vinham defendendo a necessidade de mudança BC.
Um grupo defendia mudar o mandato de quatro para dois anos. E alguns
auxiliares do governo pregavam alteração no período de transição de um novo
presidente da autoridade monetária.
Como o presidente escolherá o sucessor de Roberto Campos Neto ainda
neste ano, a avaliação interna é de que é melhor deixar a discussão para um
segundo momento.
O presidente ainda não decidiu se antecipará para agosto ou setembro o
anúncio de seu escolhido para o comando da autoridade monetária.
Um grupo de dirigentes petistas queria que o presidente fizesse o
anúncio na tentativa de enfraquecer publicamente o atual presidente da
autoridade monetária.
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