Um incêndio aconteceu no acampamento Canudos, do Movimento Sem Terra
(MST), no município de Riacho de Santo Antônio, Paraíba, na noite de sábado
(8). Conforme relatos das vítimas, o local foi invadido por quatro indivíduos
armados e encapuzados, que expulsaram as famílias de seus lares, amarraram os
adultos e provocaram o incêndio. Sete residências foram atingidas pelo fogo,
com três delas sendo totalmente destruídas.
Os invasores apareceram aproximadamente às 20h30, se identificando como
policiais. Logo na manhã seguinte, a Polícia Civil da Paraíba começou a
investigar, descobrindo que o fogo foi proposital. Especialistas descobriram
garrafas plásticas contendo gasolina, que provavelmente foram usadas para
intensificar as chamas.
A investigação, conduzida pela delegada Suelane Souto, incluiu
depoimentos de todas as vítimas presentes no acampamento durante o crime,
abrangendo até mesmo crianças e um bebê de três meses. Já foi identificado e
questionado um suspeito.
Na Paraíba, o MST informou que a ação teve duração aproximada de uma
hora, período no qual os acampados observaram impotentes enquanto o fogo
consumia suas moradias. Com o apoio da Polícia Militar, foi possível controlar
o incêndio após a fuga dos criminosos.
Há uma década, o acampamento Canudos é o abriga de 56 famílias ligadas
ao MST, que demandam a desapropriação do terreno da fazenda. Conforme informado
por eles, a área de cerca de 3 mil hectares está "desocupada e sem produção".
É válido salientar que, de acordo com relatos, os invasores do MST estão
pressionados há cerca de dois anos, supostamente originadas de um gestor da
fazenda. A Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo está monitorando
a situação.
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