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Dólar e juros

Dólar e juros vão às máximas e bolsa às mínimas; mercado observa Campos Neto e se antecipa ao Focus

análise semanal dólar por Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank


Brasil

Na segunda-feira (20), os estrategistas do Santander cortaram a previsão para o Ibovespa de 160 mil para 145 mil pontos para 2024, vislumbrando uma nova era de crescimento mais forte e taxas de juros mais elevadas, em uma "mudança de marcha" das perspectivas do final do ano passado, de crescimento modesto e juros mais baixos.
Na terça-feira (21), o Ibovespa fechou em leve queda, à espera da ata do Fed; a Yduqs disparou mais de 10%. O Ibovespa fechou em queda de 0,73%
Já na quinta-feira (23), em 124.729 pontos, acompanhando o tom negativo do mercado americano, apesar da alta de 9% da Nvidia após o balanço.
Nesta sexta-feira (24), o Ibovespa rondou a estabilidade na casa dos 124 mil pontos. O dia foi marcado pela liquidez reduzida, às vésperas do final de semana e de feriado nos Estados Unidos na segunda-feira.


Dólar


Na segunda-feira (20), o dólar comercial fechou perto da estabilidade, no início de uma semana que teve como destaque a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), e após economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus elevarem suas projeções para a taxa Selic. Já na terça-feira (21), o dólar operou em baixa nos primeiros negócios, diante do alívio na curva de rendimento dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), e finalizou a terça-feira em R$ 5,1225.
Na quarta-feira (22), o dólar registrou alta desde a abertura do mercado, mantendo-se acima de R$ 5,1350 durante todo o dia. Na máxima, às 11h46, o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,1633 e, no fechamento, a R$ 5,1558.
O dólar à vista encerrou o dia na quinta-feira (23) cotado a R$ 5,1532 na venda, em leve baixa de 0,05%. Em maio, a divisa acumula baixa de 0,76%.
No Brasil, Diogo Guillen, um dos diretores de política monetária do Banco Central, enfatizou a necessidade de flexibilidade na condução da política monetária. Ele destacou a importância de agir com cautela, sem sinalizar os próximos passos, e reafirmou o compromisso de trazer a inflação à meta. É importante notar que ainda não temos uma orientação clara sobre os cortes de juros, nem sobre a magnitude nem a duração. No entanto, com a próxima mudança na composição do colegiado, há uma expectativa de que, quando a maioria dos membros for indicada pelo atual governo, a redução dos juros possa ser mais significativa.
O dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (24), com os juros norte-americanos mais uma vez na mira dos investidores. Nesta semana, as atenções ficaram voltadas para a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada na última quarta-feira (22).
Para encerrar a semana, o calendário econômico traz importantes eventos. Na Zona do Euro, teremos o pronunciamento de Schnabel, do Banco Central Europeu. No Brasil, serão divulgados a confiança do consumidor de maio pela FGV, o investimento estrangeiro direto (IED) e as transações correntes de abril. Nos EUA, acompanhamos o discurso de Waller, do Fed, e os índices de Michigan de maio, incluindo percepção e confiança do consumidor e expectativas de inflação.
O dólar comercial ampliou a máxima do dia de hoje (24), com alta de 0,44%, a R$ 5,176.
O dólar e os juros futuros passaram a subir com alguma intensidade nos últimos minutos de negócios, com os participantes do mercado atentos às declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e se antecipando à divulgação do relatório Focus, na segunda-feira, que pode exibir novo movimento de desancoragem das expectativas de inflação.
Perto das 16h, o dólar comercial era negociado em alta de 0,33%, a R$ 5,1704, depois de ter tocado a máxima de R$ 5,1764. A moeda brasileira tinha o pior desempenho das 33 moedas mais líquidas.
Os números de maio mostraram que a atividade empresarial nos EUA acelerou para o nível mais alto em pouco mais de dois anos, provocando uma retração nas expectativas de corte das taxas de juros nos EUA e um aumento nos rendimentos dos Treasuries.

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