Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, demonstrou apoio à medida legal iniciada
pelo governo no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de interromper
partes da lei que ampliaram a desoneração da folha de pagamento para
determinados setores econômicos e municípios.
Durante uma conversa com jornalistas em 29 de abril, o ministro apelou
ao afirmar que a medida busca prevenir possíveis impactos adversos na
Previdência.
"Há uma cláusula na reforma da previdência que precisa ser considerada,
caso contrário, daqui a três ou cinco anos, poderíamos nos encontrar diante da
necessidade de outra reforma previdenciária, caso não haja receitas. Portanto,
é crucial agirmos com responsabilidade", afirmou o ministro.
"A receita da Previdência é vital para pagar os aposentados. Não podemos
subestimar essa questão", acrescentou Haddad.
Dentre as questões levantadas pelo governo, destaca-se a que se refere à
redução da alíquota da "Contribuição Previdenciária Patronal" sobre a folha de
pagamento em determinados municípios.
O pedido foi acolhido pelo ministro do STF, Cristiano Zanin, com o
respaldo dos ministros Flávio Dino, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Edson
Fachin. A interrupção do julgamento ocorreu quando Luiz Fux requisitou mais
tempo para análise.
Indagado se a judicialização afetaria as agendas governamentais no
Congresso, Haddad negou conflitos. "O diálogo com o Congresso e o Judiciário
tem sido muito produtivo", afirmou.
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