O aumento do valor do azeite de oliva fez com que alguns supermercados passassem a colocar lacres de segurança antifurto na embalagem. A medida de segurança já ocorria em produtos como bebidas alcoólicas de primeira linha, cosméticos e eletroeletrônicos. As informações são da Folha de S. Paulo.
No Rio de Janeiro, lacres em azeites foram vistos no supermercado Extra do Catete, bairro da Zona Sul, e no Assaí Atacadista do Shopping Carioca, na Zona Norte.
A medida também foi registrada em uma loja do Atacadão, em Vitória (ES), e em uma unidade do supermercado Sonda, na Penha, Zona Leste de São Paulo.
– No Brasil, dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação, apontam que, de 2020 para cá, o azeite ficou 44,23% mais caro. Só no ano passado, o aumento chegou a 24,7%, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). A alta do preço levou a uma maior incidência de furtos –e também de operações para confiscar azeites falsificados ou impróprios para consumo – reportou o jornal.
O Sonda Supermercados e o Extra disseram, por meio de nota, que seguem padrões de proteção para produtos de alto valor agregado. Já o Assaí afirmou que "conta com medidas de segurança para garantir uma experiência de compra protegida". O Atacadão não se manifestou a respeito dos lacres.
Na Espanha, o lacre também tem sido usado. Atualmente, as garrafas têm preço médio de 14,5 euros (US$ 15,77 ou R$ 77,25), um aumento de 150% nos últimos dois anos. O país europeu é o maior produtor mundial de azeite.
O professor de economia e pesquisador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV) disse que o azeite está caro no mundo todo e vai demorar para que o produto volte ao preço normal. Ele apontou que "as altas temperaturas e a escassez hídrica afetaram a produtividade das oliveiras dos grandes produtores, notadamente Portugal, Espanha, Itália e Grécia".
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