Silvana Taques, mãe da atriz Larissa Manoela, solicitou judicialmente o arquivamento da acusação de racismo religioso feita contra ela. A denúncia, apresentada em agosto pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro em conjunto com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), envolvia o ator André Luiz Frambach, noivo de Larissa, e a sua família.
A defesa de Silvana, representada por um escritório de Florianópolis, alegou a falta de indícios mínimos de provas contra ela, fundamentando assim a solicitação para o arquivamento do caso.
A denúncia se baseia em uma mensagem que Silvana enviou à filha no Natal de 2022, pelo WhatsApp. Na mensagem, Silvana usou o termo "macumbeira" para se referir à família de André Luiz, que é espírita kardecista. O termo é considerado pejorativo para se referir a religiões de matriz africana.
A mensagem dizia: "Esqueci de te desejar que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk".
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio entende que a mensagem da mãe da atriz se configuraria como "ato discriminatório travestido de formas contemporâneas de racismo".
Este ano, a punição para crimes de intolerância religiosa foi endurecida. A pena, de até cinco anos, está prevista na lei que equipara crimes de injúria racial a racismo – e que também protege a liberdade religiosa.
Em nota, o advogado de Silvana, Maiko Roberto Maier, diz que o processo teve início a partir de um print de conversas do WhatsApp, "sem que fosse possível comprovar a sua verdadeira autenticidade". O pedido de arquivamento foi feito no fim da semana.
Gazeta Brasil