Neste sábado, 11, o Papa Francisco tomou a decisão de destituir o bispo Joseph Strickland, um líder religioso norte-americano conhecido por suas posturas conservadoras e críticas à gestão mais progressista do líder da Igreja Católica. Recentemente, Francisco autorizou a inclusão de pessoas transgênero nos ritos de batismo e casamento, uma ação que gerou controvérsias.
A Santa Sé optou por não divulgar as razões por trás da demissão de Strickland, que vinha expressando suas críticas a Francisco desde 2012. No início deste ano, o então bispo acusou Sua Santidade de "minar o depósito da fé". Após manifestar publicamente seu descontentamento, Strickland começou a denunciar pressões internas na igreja para que ele renunciasse ao episcopado. Em setembro deste ano, ele declarou: "Não posso renunciar ao cargo de bispo de Tyler, pois isso significaria abandonar o rebanho. Respeitarei a autoridade do Papa Francisco se ele decidir me destituir do cargo de bispo de Tyler." Essa declaração veio três meses após uma delegação enviada por Francisco "inspecionar" o local onde Strickland pregava a palavra de Deus.
Como substituto de Strickland, o Papa Francisco escolheu Joe Vasquez, um aliado que também é bispo. Essa mudança é altamente incomum, uma vez que, em situações de conflito, normalmente, o líder religioso em questão é convidado para uma conversa e, em casos extremos, incentivado a renunciar.
A decisão de Francisco de destituir Strickland ocorre em meio a várias polêmicas em que o Papa se envolveu, incluindo uma indireta a um candidato presidencial argentino de direita, Javier Milei, ao afirmar que, na Argentina, há postulantes políticos que são como "flautistas de Hamelin".
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