O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou nesta quinta-feira (9) o Tratado de Constituição da Comunidade de Polícias da América (Ameripol), oficializando a adesão do Brasil a essa iniciativa que reúne 12 países da América. Com essa inclusão, a Ameripol alcança status de organismo internacional de polícia, equiparando-se à Interpol.
A Ameripol se destaca como uma entidade regional voltada para o intercâmbio de informações policiais, operações conjuntas e o aprimoramento de agentes nos países-membros. Seu foco principal é facilitar a atuação coordenada das forças de segurança pública na prevenção, investigação e combate aos crimes transnacionais.
Na cerimônia de assinatura, participaram Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Uruguai. A sede da Ameripol será em Bogotá, capital colombiana. Os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, em nota conjunta, destacaram que a adesão ao tratado reflete a prioridade do governo brasileiro no fortalecimento da cooperação internacional contra o crime e na integração com os países da região.
Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, enfatiza o potencial da Ameripol para impulsionar o intercâmbio de dados entre os países-membros, bem como com parceiros externos, e a criação de equipes conjuntas de operação. Rodrigues destaca que a Ameripol é o terceiro bloco mais significativo de cooperação policial internacional, após a Interpol e a Europol.
Para 2024, a organização planeja a implementação de uma rede virtual dedicada à luta contra o terrorismo, radicalismo violento e crimes de ódio. O Ministério da Justiça e Segurança Pública sediou o evento comemorativo dos 100 anos da Interpol, contando com a participação de ministros de Paraguai, Honduras e Equador, além de delegados e policiais de diversos países, liderados pelo Ministro Flávio Dino e pelo secretário-geral da Interpol, Ahmed Naser Al-Raisi, dos Emirados Árabes Unidos.
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