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Netanyahu

Netanyahu compara líder do Hamas a Hitler

Primeiro-ministro reiterou que Israel não aceitará cessar-fogo em Gaza até que todos os reféns sejam libertados


(Captura de tela/X)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comparou o líder do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, ao ditador nazista, Adolf Hitler.

"Ambos mereciam morrer", disse Netanyahu. "Ele não se preocupa com seu povo e age como um pequeno Hitler em seu bunker", observou, segundo o jornal israelita The Times of Israel.

"Ele se preocupa tanto com seu povo quanto com um grão de poeira", enfatizou Netanyahu.

Líder israelense visitou uma base da Força Aérea e reiterou que Israel não aceitará um cessar-fogo em Gaza até que todos os reféns sejam libertados.

"Tire a palavra (cessar-fogo) do dicionário. Dizemos isso tanto para nossos inimigos quanto para nossos amigos. Continuaremos até derrotá-los. Não temos alternativa", argumentou.

Netanyahu também se referiu ao conflito político aberto pela polêmica reforma judicial promovida pelo seu governo, agora em hiato, e pelos protestos dos reservistas que se recusaram a servir.

"Nossos inimigos nos julgaram mal. Eles acreditavam que quando chegasse o dia crucial os soldados não apareceriam. Mostramos juntos e agora estamos lutando ombro a ombro", destacou.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, prometeu encontrar Yahya Sinwar e eliminá-lo.

"Vamos encontrar Sinwar e eliminá-lo", disse ele em conferência de imprensa neste sábado, enquanto suas tropas continuavam suas incursões no norte do enclave palestino.

Desde o início dos ataques do grupo terrorista, em 7 de outubro, Israel garantiu que tanto o chefe quanto o líder do braço armado da milícia, Mohammed Deif, eram os principais objetivos de sua contraofensiva e não parariam até que fossem encontrados.

Sinwar é "um homem morto andando", disse então o Exército israelense.

Fontes de segurança em Tel Aviv asseguram que ambos os terroristas palestinos estão escondidos na extensa rede de túneis construídos ao longo de todo o enclave, protegidos dos bombardeios que atingem diariamente seus centros de operações.

Quem é Yahya Sinwar?

Yahya Ibrahim Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Gaza. Concluiu os primeiros estudos no campo de Khan Yunis e, anos mais tarde, formou-se na Universidade Islâmica de Gaza.

Juntou-se ao Hamas após a sua fundação em 1987 e rapidamente ganhou reputação de brutalidade ao ajudar a formar a força de segurança interna, conhecida como Majd.

Foi preso três vezes: primeiro em 1982, quando passou quatro meses sob controle israelense, e depois em 1985, quando cumpriu pena de oito meses por ajudar a fundar a unidade Majd.

Na última delas, em 1988, Israel condenou-o a quatro penas de prisão perpétua pela sua participação no assassinato de tropas israelitas e de colaboradores palestinos. Estes mais de vinte anos não o impediram de continuar com suas tarefas à distância, mantendo seu prestígio dentro do Hamas e até aprendendo hebraico, a língua de seus inimigos.

Em 2011, durante uma troca de prisioneiros, Sinwar foi libertado junto com outros 1.000 palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, que havia sido mantido refém pela milícia durante cinco anos.

Ao voltara para Gaza, Sinwar permaneceu no topo do Hamas, razão pela qual, em 2015, os Estados Unidos o incluíram em sua lista de terroristas internacionais.

Sua popularidade e aceitação só continuaram a aumentar e em 13 de fevereiro de 2017 foi eleito chefe do gabinete político do grupo.

No passado, ele esteve aberto a utilizar os canais diplomáticos para "conquistar nossos direitos" e, portanto, tentou melhorar as relações com o Egito e a Fatah, a facção que controla a Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia. Ele também liderou uma campanha para pressionar Israel a suspender o bloqueio que mantém ao enclave.

Porém, junto com essas ações, o grupo estava treinando para realizar seus ataques e, segundo a Reuters, a ofensiva de 7 de outubro, que levou anos para ser realizada.

Gazeta Brasil

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