No meio da recente escalada de violência entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, um alto funcionário da Casa Branca forneceu detalhes sobre a situação humanitária na região e a complexidade da evacuação de feridos e de cidadãos estrangeiros. O responsável, que preferiu permanecer anônimo, revelou informações cruciais sobre as tentativas do Hamas de utilizar a evacuação como forma de deslocar seus combatentes feridos. Este desenvolvimento lança luz sobre as complexidades da crise humanitária e política em curso.
Em entrevista ao jornal Jerusalem Post, o alto funcionário destacou que a evacuação de feridos e cidadãos estrangeiros de Gaza foi atrasada devido ao Hamas estar tentando aproveitar esse processo para levar seus próprios combatentes feridos através da passagem de Rafah para o Egito para receber tratamento médico. De acordo com suas declarações, cerca de um terço das pessoas da lista apresentada pelo Hamas eram combatentes do grupo extremista.
O responsável sublinhou que a administração Biden se refere à situação como uma "trégua humanitária" e não como um cessar-fogo, devido às contínuas atividades terroristas do Hamas. Para eles, é impossível falar em cessar-fogo quando uma organização terrorista matou cerca de 1.400 pessoas, sequestrou civis e se escondeu em uma rede de túneis subterrâneos.
A intervenção dos EUA na crise está em andamento, facilitada em parte pela visita do presidente Biden a Israel e por sua conversa com o presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi. Isso permitiu o início do fluxo de ajuda humanitária para Gaza, que inclui a chegada de cerca de 100 caminhões por dia. Segundo fontes, a administração dos EUA está trabalhando para aumentar o montante da assistência humanitária em um esforço para aliviar a difícil situação na Faixa de Gaza.
A conversa com o presidente egípcio revelou também que ainda há cidadãos estrangeiros em Gaza que enfrentam dificuldades para sair da região. O alto funcionário relatou que embora os estrangeiros pudessem sair de Gaza em determinado momento, o Hamas os impediu de fazê-lo. Isso deixou cerca de 6.000 estrangeiros e 1.000 americanos e suas famílias presos em Gaza devido à recusa do Hamas.
O funcionário da Casa Branca também abordou a questão do financiamento para a Autoridade Palestina. Ele sublinhou que este não é o momento de reter fundos, mas de tomar medidas para aumentar a estabilidade na Cisjordânia. A administração Biden se opõe à decisão do gabinete israelense de compensar parte do dinheiro dos impostos transferido para a Autoridade Palestina.
Sobre os esforços para conseguir a libertação dos reféns sob controle do Hamas em Gaza, o responsável reconheceu que a situação é complicada e que não há garantias de sucesso nem prazos definidos. Afirmou que existe um "compromisso indireto" que visa encontrar uma solução para libertar os reféns, mas que esse esforço enfrenta uma série de desafios significativos.
À medida que a crise humanitária e política em Gaza continua a evoluir, os Estados Unidos e outros intervenientes internacionais estão trabalhando para encontrar soluções para aliviar o sofrimento dos civis apanhados no meio do conflito. A situação permanece fluida e os esforços diplomáticos e humanitários continuam a ser críticos para enfrentar esta crise em curso.
Gazeta Brasil