Os Estados Unidos atacaram duas instalações usadas por grupos apoiados pelo Irã no leste da Síria em retaliação aos recentes ataques contra as forças americanas no Iraque e na Síria.
"Os Estados Unidos não buscam conflito, mas esses ataques apoiados pelo Irã são inaceitáveis e devem parar", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em comunicado na noite de quinta-feira.
Grupos apoiados pelo Irã atacaram as forças dos EUA no Iraque e na Síria pelo menos 16 vezes desde 17 de outubro, de acordo com o Pentágono. O ataque mais recente ocorreu em Erbil, no Iraque, na quinta-feira, mas não deixou feridos.
Dezenove militares americanos foram diagnosticados com lesões cerebrais traumáticas e outros dois sofreram ferimentos leves como resultado dos ataques. Todas as tropas voltaram ao serviço.
Um empreiteiro americano morreu de parada cardíaca enquanto se refugiava na semana passada na base aérea de Al-Asad, no Iraque. Nesse caso, o alerta que desencadeou o bloqueio foi um alarme falso e não ocorreu nenhum ataque.
O aumento dos ataques ocorre em um contexto de preocupação internacional de que a guerra entre Israel e o Hamas possa se expandir para um conflito mais amplo no Oriente Médio.
O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou na quarta-feira que os EUA responderiam se os ataques continuassem.
"Meu aviso ao aiatolá foi que, se eles continuarem a atacar nossas tropas, responderemos e ele deverá estar preparado", disse Biden. "Isso não tem nada a ver com Israel."
Os ataques retaliatórios são a ação mais recente da administração Biden para dissuadir grupos apoiados pelo Irã e o próprio Irã. No fim de semana, o Pentágono anunciou que está aumentando o apoio ao Oriente Médio para aumentar a proteção das forças americanas. As forças adicionais incluem o grupo de ataque do porta-aviões USS Eisenhower e mais sistemas de defesa aérea.
Os ataques de quinta-feira são as segundas ações retaliatórias que o governo Biden lançou este ano contra milícias apoiadas pelo Irã.
Em março, os EUA realizaram ataques aéreos de precisão no leste da Síria, após um ataque a uma base que abrigava as forças americanas e da coalizão, que matou um empreiteiro americano e feriu cinco militares americanos e outro empreiteiro americano.
Há cerca de 900 soldados americanos na Síria e 2.500 no Iraque, todos como parte da missão para derrotar o Estado Islâmico.
Gazeta Brasil