A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro (CCIR) solicitou a intervenção do Ministério Público para investigar a situação das políticas públicas destinadas a combater crimes decorrentes de preconceito e discriminação.
A entidade, liderada pelo Babalorixá Ivanir dos Santos, denuncia a desestruturação e a fragilização da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Esta delegacia desempenha um papel importante na apuração de casos de preconceito racial, incluindo alegações de racismo religioso, como o suposto caso envolvendo Silvana Tasques, mãe de Larissa Manoela, e o genro André Luiz Frambach.
A CCIR, representada pelo advogado Carlos Nicodemos, destaca que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância conta com apenas seis servidores, que enfrentam uma sobrecarga de trabalho. Isso resulta em atrasos nos procedimentos, redução da capacidade de atendimento à população e ameaça à eficácia das políticas de proteção das comunidades marginalizadas e vulneráveis.
No estado do Rio, os registros de crimes de racismo aumentaram 91,6% em um período de apenas um ano, enquanto os casos de injúria racial cresceram 38,6%.
A CCIR, em parceria com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), está buscando a instauração de um inquérito para investigar esta situação crítica.
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