Patricia Bullrich, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina, anunciou nesta quarta-feira (25) que apoiará Javier Milei, candidato do La Libertad Avanza no segundo turno. Ele disputa a Presidência contra Sergio Massa, do partido Unión por la Patria, na votação que ocorrerá em 19 de novembro.
Bullrich se candidatou pelo partido Juntos por el Cambio, e o destino dos 6,2 milhões de votos que recebeu no primeiro turno, em 22 de outubro, será decisivo para decidir o novo presidente do país.
"A urgência do momento nos desafia a não sermos neutros", disse Bullrich na entrevista coletiva. "A Argentina, do nosso ponto de vista, não pode reiniciar um novo ciclo kirchnerista liderado por Sergio Massa."
No primeiro turno, o candidato governista e atual ministro da Economia da Argentina, Massa, ficou em primeiro lugar com 36,68% dos votos. Milei, o ultradireitista e autoproclamado libertário, ficou em segundo com 29,89%. Bullrich, candidata da direita conservadora, ficou pouco atrás com 23,85% dos votos
Fontes dos dois partidos confirmaram à CNN que Milei e Bullrich se encontraram presencialmente na madrugada desta quarta-feira (25). A reunião teria ocorrido com a presença e na casa do ex-presidente argentino Mauricio Macri, do mesmo partido de Bullrich.
Durante a campanha eleitoral, em diversas ocasiões Milei atacou o partido Juntos por el Cambio, e já acusou Bullrich especificamente, chamando-a de "lançadora de bombas".
Bullrich apresentou uma queixa contra ele por difamação e calúnia, e afirmou que Milei fez as acusações "sabendo que eram falsas" e que apenas procurou "obter uma vantagem eleitoral baseada em mentiras".
Em entrevista à CNN em setembro, Bullrich chamou Milei de "teórico sem programa".
Na conferência de imprensa desta quarta-feira, questionada sobre os confrontos com Milei, Bullrich disse: "Ontem à noite tive uma reunião com Javier Milei. Conversamos sobre essas declarações."
*Publicado por Fernanda Pinotti