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Erdogan

Erdogan chama o Hamas de libertadores, e Israel rebate


@MiddleastN

Israel criticou nesta quarta-feira o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por elogiar os terroristas do Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza, chamando-os de "libertadores que protegem suas terras".

O Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou que "a tentativa do presidente turco de defender uma organização terrorista e suas intenções provocativas não mudarão os horrores que o mundo inteiro observou".

"O Hamas é uma organização terrorista desprezível, pior do que o Estado Islâmico, que assassina brutal e intencionalmente bebês, crianças, mulheres e idosos", afirmou Lior Haiat, porta-voz do ministério, em uma rede social.

Haiat também criticou "a tentativa do presidente turco de defender a organização terrorista" e sublinhou que "suas palavras incitantes não mudarão os horrores que o mundo inteiro tem visto e o fato inequívoco: Hamas = Estado Islâmico".

Erdogan garantiu nesta terça-feira que o Hamas, que lançou ataques selvagens contra Israel em 7 de outubro que mataram mais de 1.400 pessoas, "não é uma organização terrorista", mas um "grupo de combatentes da libertação".

"Todo o Ocidente considera o Hamas uma organização terrorista. A partir daqui eu digo: Israel, você pode ser isso; O Ocidente tem muitas dívidas com vocês. Mas a Turquia não tem dívidas com você. O Hamas não é uma organização terrorista; é um grupo de combatentes da libertação que luta para proteger suas terras e seus cidadãos", disse Erdogan no Parlamento em Ancara.

O presidente, que cancelou uma viagem planejada a Israel, exigiu um cessar-fogo imediato entre as forças do Estado Judeu e o Hamas. Assegurou que a Turquia continuará a utilizar todos os meios políticos, diplomáticos e militares necessários para acabar com a crise.

Erdogan disse há dias que Israel não se comporta "como um Estado" na Faixa de Gaza.

"Israel não deve esquecer que se agir mais como uma organização do que como um Estado, acabará sendo tratado como tal", disse o presidente, atacando os "métodos vergonhosos" do exército israelita na densamente povoada Faixa de Gaza.

"Bombardear locais civis, matar civis, bloquear a ajuda humanitária e tentar apresentar isto como conquistas são atos de uma organização e não de um Estado", disse ele.

Erdogan utiliza frequentemente a palavra "organização" quando se refere ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como grupo terrorista pela Turquia e pelos seus aliados ocidentais.

"Acreditamos que uma guerra deve ter ética e que ambas as partes devem respeitá-la. Infelizmente, este princípio é gravemente violado em Israel e em Gaza", afirmou, denunciando os "assassinatos de civis em território israelita" e "o massacre cego de inocentes numa Gaza sujeita a constantes bombardeamentos".


(Com informações da EFE e AFP)

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