A Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, foi palco de um ataque a tiros na manhã desta segunda-feira (23). O saldo foi de uma aluna morta e três feridos.
O autor do ataque foi um aluno de 16 anos que frequentava a mesma escola. Ele se rendeu e entregou à polícia a arma usada no crime, que era do pai dele.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que houve falhas na gestão estadual, que não conseguiu evitar o ataque. Ele lamentou o ocorrido e disse que o sentimento é de frustração.
"Se você me perguntar se eu tenho todas as respostas para lidar com esse tipo de situação, eu sinceramente não tenho. Ninguém quer ver alunos morrendo. A sensação que fica é de frustração. O governo falhou? Provavelmente, falhamos em alguma coisa. A gente não queria ter falhado", disse Tarcísio, em entrevista coletiva em frente à escola.
Segundo o governador, a Escola Estadual Sapopemba tem 1.800 alunos e é uma escola "boa", com "muita procura" e "fila por vaga". Ele disse ainda que havia ronda escolar da Polícia Militar, atendimento com psicóloga na unidade e treinamento de profissionais contra agressões.
"É o momento de fazer uma profunda reflexão sobre efetividade das ações que a gente tem tomado", afirmou o governador.
O governador disse que vai manter o plano de contratar vigilância privada para as escolas, ainda sem prazo para o serviço entrar em operação, e ampliar o número de psicólogos contratados para atender as unidades.
A estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, morreu com um tiro à queima-roupa na nuca. De acordo com informações preliminares, a estudante não conhecia o autor do ataque.
As aulas na Escola Estadual de Sapopemba serão interrompidas por pelo menos 10 dias.
Fonte: Gazeta Brasil