O governo de Israel confirmou nesta quinta-feira (12) que o grupo terrorista Hamas decapitou bebês durante os ataques iniciados no último sábado (7).
Segundo o perfil oficial de Israel no Twitter, cerca de 40 bebês foram mortos no kibutz de Kfar Aza.
"Esta é a imagem mais difícil que já postamos. Enquanto escrevemos isso, estamos tremendo. Estivemos discutindo sobre postar isso, mas precisamos que cada um de vocês saiba. Isso aconteceu", afirmou o governo israelense.
A assessoria de Netanyahu divulgou fotos de crianças carbonizadas pelo Hamas. Um alto funcionário do Exército afirmou que encontrou um bebê decapitado em uma das comunidades israelenses próximas a Gaza, e que outros colegas seus viram mais, sem dar uma cifra concreta.
Em uma reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, Netanyahu mostrou as brutais fotografias.
Uma das imagens mostrava um bebê morto em um saco para cadáveres, enquanto a outra mostrava os restos carbonizados de outro bebê.
Blinken descreveu aos jornalistas o que viu: "Um bebê, uma criança, fuzilado. Soldados decapitados, jovens queimados vivos em seus carros". "Para qualquer ser humano, ver isso vai além do que podemos compreender e digerir".
E acrescentou: "As imagens valem mais que mil palavras. Essas imagens, talvez valham um milhão".
"O mundo está vendo novas provas da depravação e da desumanidade do Hamas: depravação e desumanidade dirigidas contra bebês, crianças pequenas, adultos jovens, idosos e pessoas com deficiência. A um nível humano básico, não entendo como alguém não pode se indignar e rejeitar o que viu, e o que o mundo viu", afirmou Blinken.
Enquanto se recuperam e identificam corpos que engrossam a cifra de mais de 1.300 mortos em Israel pela ofensiva do Hamas, que incluiu uma incursão terrestre em zonas israelenses ao lado de Gaza, um membro dos times de resgate do Exército israelense afirmou hoje que ele mesmo "encontrou um bebê com a cabeça cortada" entre as mais de 100 pessoas assassinadas no kibutz Beeri, ao lado da Faixa.
Membros de sua equipe encontraram mais crianças decapitadas, acrescentou a fonte, o coronel em reserva Golán Vach, chefe da Unidade Nacional de Resgate no Comando do Fronte Interno do Exército. "Não acredito que um bebê com a cabeça cortada seja um acidente, um míssil não faz isso", disse Vach.
Em sua opinião, "terrorismo significa que uma pessoa entra na casa de gente inocente, mata a mãe e corta a cabeça do bebê", uma cena que sua unidade se deparou nestes dias.
Segundo ele, são "fotografias horríveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas", um grupo que "é desumano" e "como o Estado Islâmico".
Um membro dos times de emergência ZAKA, que se encarrega da recuperação de cadáveres, disse ontem à agência EFE que "não tem números, mas que há muitos casos" de crianças mortas em lugares como kibutz Beeri, a comunidade israelense onde houve a maior matança de civis nestes dias.
"Eu mesmo tirei corpos de bebês de um mês, dois meses, de crianças queimadas, de crianças que quando as peguei pelas mãos ainda estavam queimando". A seu turno, acrescentou que conhecia casos de "pessoas que foram torturadas, violadas e queimadas vivas".
O chefe da ZAKA na área sul de Israel, Yossi Landau, contou hoje que encontrou "uma senhora grávida no chão" de sua casa, com "o estômago totalmente aberto, um feto conectado ao cordão umbilical, esfaqueado com uma faca, e a mãe com um tiro na cabeça".
Gazeta Brasil