O Irã celebrou com fogos de artifício os ataques deste sábado lançados por terroristas palestinos do Hamas contra Israel.
Gritando "Allahu Akbar", que significa "Deus é maior", centenas de pessoas se reuniram na Praça Palestina (Felestin) em Teerã para manifestar apoio à operação "Tempestade de Al-Aqsa" lançada pela manhã. Entre canções, bandeiras palestinas e fotos de Qasem Soleimani – ex-chefe da Força Quds, braço internacional da Guarda Revolucionária Iraniana -, a capital iraniana se encheu de um ar festivo e as imagens foram replicadas na televisão estatal e nas redes sociais.
O regime iraniano é aliado da Palestina e participa secretamente dos confrontos de anos contra Israel, fornecendo apoio às milícias palestinas em Gaza, ao grupo libanês Hezbollah e à Síria. Também lidera o chamado "Eixo de Resistência contra o Estado Judeu", que inclui o Hamas.
As celebrações populares aconteceram depois que as autoridades do regime iraniano também manifestaram sua alegria pela ofensiva que deixou pelo menos 300 israelenses mortos e mais de 1.590 feridos, e que ainda mantém confrontos em 22 zonas do sul de Israel, com a presença de indivíduos palestinos armados.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanani, "parabenizou a grande nação da Palestina e todos os grupos antissionistas pela operação Tempestade em Al-Aqsa", o que "mostra que o movimento de resistência na Palestina tem muita confiança para lançar uma operação com múltiplas facetas contra os ocupantes, utilizando o elemento surpresa".
"A resistência conseguiu até agora vitórias espetaculares durante esta operação", é "um momento brilhante na história da luta" dos palestinos contra Israel, acrescentou. "Esta ofensiva abriu uma nova página na história da resistência e das operações armadas contra os ocupantes nas terras ocupadas."
Além disso, um conselheiro do líder supremo, Ali Khamenei, indicou que o país está ao lado do Hamas. "Apoiamos esta orgulhosa operação e confiamos que a Frente de Resistência também a apoia", disse Rahim Safavi.
Por sua vez, no Parlamento iraniano, os deputados levantaram os punhos erguidos e gritaram palavras de ordem em apoio à milícia terrorista. "Abaixo Israel", "Abaixo os Estados Unidos" e "Bem-vindo à Palestina" são alguns dos slogans que proferiram, segundo um vídeo publicado pela agência de notícias Tasnim.
Há apenas quatro dias, Khamenei garantiu que os dias de Israel estão "contados" porque está "cheio de ódio" contra seu país e outras nações muçulmanas como Egito, Iraque ou Síria.
"Israel é um tumor cancerígeno que será removido pelos palestinos e pelas forças de resistência", disse ele.
A República Islâmica do Irã não reconhece o Estado de Israel e seu apoio à causa palestina tem sido uma das prioridades de sua política externa desde sua criação em 1979. Desde então, mantém uma guerra secreta que inclui ataques cibernéticos, supostos assassinatos de cientistas nucleares iranianos e sabotagem de navios.
(Com informações da EFE)