O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (5) que vai ampliar o muro na fronteira com o México, para conter a entrada de imigrantes. A decisão foi tomada sob pressão dos republicanos, que acusam Biden de causar uma crise migratória.
O governo do México, por sua vez, considera a medida um "retrocesso". O presidente Andrés Manuel López Obrador disse que a construção de um muro não resolve o problema da migração irregular, que deve ser tratado a partir das causas.
A ampliação do muro será feita no vale do Rio Grande, uma área de "entrada ilegal elevada", segundo o Departamento de Segurança Interna. De outubro de 2022 até o começo de agosto, a patrulha fronteiriça interceptou mais de 245 mil pessoas que tentavam entrar ilegalmente no país nesse setor.
Biden havia prometido durante a campanha eleitoral que não construiria mais um centímetro de muro na fronteira com o México. No entanto, ele disse que não pode impedir o uso de dinheiro alocado pelo Congresso no ano fiscal de 2019, quando Donald Trump estava no poder, para a construção de uma barreira na fronteira.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que a medida não representa uma mudança de política, mas apenas o cumprimento da lei.
A crise migratória tornou-se um obstáculo na corrida de Biden pela reeleição. Os democratas sabem disso e tomaram medidas nas últimas semanas, como o envio adicional de 800 militares para a fronteira e a retomada das deportações de imigrantes venezuelanos.
Gazeta Brasil