A rede de livrarias Saraiva entrou com pedido de autofalência na Justiça nesta quarta-feira (4). A decisão ocorre após quase cinco anos de recuperação judicial, período em que a empresa não conseguiu se reestruturar financeiramente.
A Saraiva protocolou o pedido na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. A empresa também informou que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à ela.
O anúncio vem pouco tempo depois de a empresa revelar o fechamento de todas as suas lojas físicas e a demissão de todos os funcionários da operação presencial, mantendo seu funcionamento apenas no e-commerce.
De acordo com a lei brasileira, o pedido de falência pode vir tanto de credores e acionistas quanto da própria empresa devedora.
No caso da Saraiva, o pedido foi feito pela própria empresa, o que significa que ela admitiu sua insolvência.
A Saraiva foi fundada em 1914 em São Paulo pelo imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva. A empresa começou a editar livros jurídicos em 1917 e, na década de 1970, expandiu sua operação com a abertura de novas lojas.
Em 2014, a Saraiva entrou em recuperação judicial, após não conseguir renegociar suas dívidas com fornecedores.
A empresa tentou se reestruturar durante os cinco anos de recuperação judicial, mas não conseguiu superar as dificuldades financeiras.
Gazeta Brasil