A pergunta "qual é a cor da caixa-preta do avião?" tem uma resposta diferente do esperado por muitos. O dispositivo não possui a cor preta e se refere não a um, mas ao conjunto de dois equipamentos, que desempenham um papel crucial na investigação de acidentes aéreos e na melhoria da segurança da aviação. A caixa-preta tem outra cor em aviões justamente para ser encontrada mais facilmente após acidentes aéreos: laranja.
O equipamento une dois dispositivos utilizados principalmente na situação de queda de aeronave: o Flight Data Recorder (Gravador de dados de voo - FDR) e Cockpit Voice Recorder (Gravador de voz da cabine - CVR). Apesar de ficarem dentro do mesmo compartimento, eles possuem funções distintas. A seguir, o TechTudo separou cinco curiosidades sobre o dispositivo.
1. Qual a cor da caixa preta do avião?
As caixas-pretas dos aviões, apesar do nome, não são pretas. Na verdade, elas costumam ser laranja com faixas refletivas. Essa coloração torna mais fácil localizá-las e recuperá-las em caso de acidente, já que essa tonalidade se destaca com facilidade em vários ambientes. Portanto, a cor real da caixa-preta do avião não é preta, mas sim uma combinação de cores que assume o tom alaranjado para ajudar na sua identificação e recuperação após um incidente.
2. Por que a cor laranja foi escolhida para a caixa preta?
Como dito anteriormente, a escolha da cor laranja para as caixas-pretas dos aviões não é arbitrária e é baseada em considerações de visibilidade e segurança. O laranja é uma cor muito visível, especialmente em ambientes naturais, como água e vegetação. Essa alta visibilidade torna mais fácil localizar as caixas-pretas em caso de acidente, mesmo em condições de pouca luz ou em ambientes adversos. Além disso, essa tonalidade faz com que o equipamento seja mais facilmente encontrado em meio a destroços. Anteriormente, o amarelo e o vermelho também foram usados em caixas-pretas.
3. Por que chamam de caixa preta se é laranja?
A escolha da terminologia caixa-preta para denominar o equipamento remonta ao ano de 1939, quando um engenheiro de aviação chamado François Hussenot desenvolveu um meio de capturar a história de uma aeronave numa caixa de filme fotográfico. O dispositivo desenvolvido funcionava através de espelhos calibrados para traçar uma guia contínua de parâmetros de voo, incluindo altitude, velocidade do ar e a posição dos controles da cabine. O funcionamento do equipamento dependia, assim como câmeras, de um interior escuro, e talvez daí tenha sido feita associação para chamá-lo de caixa-preta.
4. Quais os tipos de caixa preta?
A caixa preta é composta por dois equipamentos que, apesar de ocuparem o mesmo compartimento, possuem funções diferentes. O Flight Data Recorder (Gravador de dados de voo - FDR) é um dispositivo que registra uma grande quantidade de dados técnicos durante um voo. Esses dados incluem informações sobre altitude da aeronave, velocidade, posição, orientação, tração, status dos sistemas de voo, configurações dos motores e muitos outros parâmetros. O FDR permite que o pesquisador reconstrua a trajetória do voo e analise o comportamento da aeronave antes e durante um acidente.
Já o Cockpit Voice Recorder (Gravador de voz da cabine - CVR) registra todas as conversas e sons que ocorrem na cabine de comando durante um voo. Isso inclui as comunicações entre os membros da tripulação, bem como os sons dos alarmes, alertas e sistemas de aviso. O CVR é projetado para capturar claramente as vozes dos pilotos e outros filhos relevantes, ou que é importante para entender como a tripulação estava reagindo às situações e para identificar possíveis problemas.
5. Como serão as caixas pretas no futuro?
As caixas-pretas do futuro estão sendo desenvolvidas para sanar inconvenientes que os dispositivos de hoje ainda têm que conviver. Mesmo que o equipamento tenha a cor laranja para se destacar em diferentes cenários, a perda de caixas-pretas após acidentes aéreos ainda é um problema devido a violência que envolve esse tipo de sinistro. Para o futuro, a expectativa é que as caixas-pretas utilizem sistema de GPS e possuam flutuação aquática.
Os dispositivos do futuro também devem contar com transmissão de dados de voo em tempo real para uma estação terrestre ou satélite. Isso permitiria que as informações de voo fossem acessadas instantaneamente em caso de emergência e poderiam ser úteis para o monitoramento contínuo do desempenho das aeronaves. Contudo, problemas relacionados a segurança de dados ainda impedem que esse tipo de transmissão seja implementada.
Com informações de Echemi, Grupo On Air e New York Times