As ações da Apple caíram acentuadamente pela segunda sessão consecutiva, após relatos de que a China está expandindo uma proibição ao uso de iPhones em agências governamentais e entidades apoiadas pelo Estado.
A medida ocorre em meio à intensificação das tensões entre Pequim e Washington. A China tem enfatizado cada vez mais o uso de produtos tecnológicos fabricados localmente, à medida que a tecnologia se tornou uma importante questão de segurança nacional para Pequim e Washington.
A proibição afeta funcionários de pelo menos três ministérios e órgãos governamentais, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters. Uma das fontes disse que ainda não foi dado um prazo para cessar o uso do iPhone e não ficou imediatamente claro até que ponto a proibição estava sendo aplicada.
A Apple e o governo chinês não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A China é um dos maiores mercados da Apple e gera quase um quinto da sua receita. A extensão da proibição sinaliza desafios crescentes para a empresa norte-americana, que depende fortemente da China para o crescimento das receitas e da produção.
Analistas disseram que a proibição tem o potencial de desacelerar o crescimento das vendas da Apple na China, já que as receitas provenientes do país já foram impactadas negativamente por um ambiente econômico desafiante.
O presidente do painel da Câmara dos EUA sobre a China disse que a proibição "não era surpreendente".
"Este é o comportamento clássico do Partido Comunista Chinês (PCC) – promover a RPC [República Popular da China] como campeões nacionais em telecomunicações e, lentamente, restringir o acesso das empresas ocidentais ao mercado", disse o representante dos EUA, Mike Gallagher, à Reuters.
Gazeta Brasil