O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cancelou a autorização de um pagamento de R$ 130 milhões em seguro rural, destinando o montante para financiar obras de engenharia e aquisição de maquinário. Esta movimentação ocorre em resposta a solicitações de parlamentares da base aliada.
Originalmente, o seguro rural ajudava a proteger produtores, especialmente cooperativas e pequenos fazendeiros, contra perdas climáticas. O ministério justifica que o remanejamento "se fez necessário" para ampliar recursos para obras e maquinário, ressaltando que em anos passados também ocorreram redirecionamentos similares.
Sob pressão do Palácio do Planalto, o ministro Carlos Fávaro enfrenta a tarefa de equilibrar os R$ 171 milhões anteriormente direcionados para o Mato Grosso, sua região, com demandas de parlamentares de outras áreas. No entanto, o ministério enfatiza que outros estados também estão sendo beneficiados com as alterações orçamentárias.
Houve especulação sobre um possível cancelamento de compromissos para obras em municípios do Mato Grosso, que ainda não foi confirmado. Os projetos do ministério favorecem estradas próximas a propriedades de Eraí Maggi, notório empresário e apoiador de Lula.
Em nota, o ministério declarou que os recursos remanejados serão alocados em "despesas administrativas, contratos de terceirização e novas solicitações de transferências voluntárias, entre outras despesas previstas no detalhamento da ação".
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