Nesta quarta-feira (16), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reportou um lucro líquido de R$ 3,7 bilhões no primeiro semestre de 2023, marcando uma queda de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado contábil do banco foi de R$ 9,5 bilhões.
Alexandre Abreu, diretor do banco, apontou que as devoluções ao Tesouro em 2022 impactaram negativamente os lucros semestrais.
Entretanto, os desembolsos do BNDES apresentaram crescimento. Totalizaram R$ 40,6 bilhões no semestre, um aumento de 22% em comparação ao mesmo período de 2022. Ao incluir julho, o índice sobe para 31%.
Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos, observou: "Já temos aumentado os desembolsos em infraestrutura". Ele atribuiu parte dessa demanda ao evento Americanas, afirmando que ele "aumentou a demanda por crédito no BNDES".
Do montante desembolsado pelo banco, R$ 7,2 bilhões foram destinados ao sequestro de carbono. Abreu destacou que 56% da carteira de crédito se concentram em ativos verdes e desenvolvimento social. Ele também ressaltou o papel do BNDES em retirar 100 milhões de toneladas de carbono desde 2015, equivalendo a 32 anos sem automóveis em São Paulo.
Embora os desembolsos tenham batido recordes, a carteira de crédito do banco permaneceu estável no semestre. Barbosa pontuou o aumento de 151% nas consultas e acredita que "com a queda dos juros, as consultas ao BNDES podem virar projetos de fato".
Em relação à carteira de ações do banco, Abreu mencionou que se manteve estável, somando R$ 62,8 bilhões no semestre. O banco também destacou seu baixo índice de inadimplência, com apenas 0,01%, e um Índice de Basileia de 34%.
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